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A restauração do tabernáculo caído de Davi no Reino Milenar se trata de uma promessa que se encontra na profecia de Amós 9:11: “Naquele dia, levantarei o tabernáculo caído de Davi, repararei as suas brechas; e, levantando-o das suas ruínas, restaurá-lo-ei como fora nos dias da antiguidade“.

Este artigo explorará o conteúdo abordado no Corte do Podcast referente à Série de Apocalipse, cujo no vídeo se encontra disponível no Canal Vozes de Trombeta, no You Tube.

Amós complementa, nesta profecia, acerca de uma restauração física no território de Israel:

Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto. Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o SENHOR, teu Deus. (Amós 9:14-15).

Esta restauração está ligada com a instauração do Reino Milenar de Cristo. Para compreendermos esta restauração é imprescindível como foram os tempos do reinado de Davi, ou seja, nos dias da antiguidade.

 

A Arca da Aliança na Tenda de Davi

No livro de 1ª Crônicas, Capítulo 16, encontramos o relato da Arca da Aliança sendo conduzida para uma tenda, preparada por Davi: “Introduziram, pois, a arca de Deus e a puseram no meio da tenda que lhe armara Davi…” (1 Crônicas 16:1).

Precisamos analisar os detalhes acerca deste ambiente de culto que Davi estabeleceu, envolvendo uma celebração com carne, pão e uvas (1 Crônicas 16:3), elementos que nos permite lembrar da última ceia de Jesus, onde o Senhor instituiu a Nova Aliança.

Outro detalhe muito importante se refere aos ministros que Davi instituiu para oferecerem hinos e cânticos espirituais diante da Arca da Aliança:

Designou dentre os levitas os que haviam de ministrar diante da arca do SENHOR, e celebrar, e louvar… com alaúdes e harpas; e Asafe fazia ressoar os címbalos.Os sacerdotes Benaia e Jaaziel estavam continuamente com trombetas, perante a arca da Aliança de Deus. Naquele dia, foi que Davi encarregou, pela primeira vez, a Asafe e a seus irmãos de celebrarem com hinos o SENHOR. (1 Crônicas 16:4-7).

A restauração do Tabernáculo Caído de Davi envolve um panorama histórico, cuja característica é uma tipologia dos filhos da fé na Nova Aliança, qual seja a Igreja, conforme lemos as palavras de Paulo: “… apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional” (Romanos 12:1).

Os Ofícios Sacerdotais da Ordem de Melquisedeque

Sabe-se que os cultos racionais da Nova Aliança envolvem louvores espirituais e orações, i.e., gestos de profunda adoração. A Igreja, como Corpo de Cristo, está inerente aos sacrifícios espirituais e superiores, conforme descreveu o apóstolo Pedro:

Chegando-vos para ele, a pedra que vive, rejeitada, sim, pelos homens, mas para com Deus eleita e preciosa, também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo. (1 Pedro 2:4-5).

Trata-se de um ofício sacerdotal superior e eterno, segundo a Ordem de Melquisedeque, cujo sumo sacerdote é Jesus Cristo:

Embora sendo Filho, aprendeu a obediência pelas coisas que sofreu e, tendo sido aperfeiçoado, tornou-se o Autor da salvação eterna para todos os que lhe obedecem, tendo sido nomeado por Deus sumo sacerdote, segundo a ordem de Melquisedeque. (5:8-10).

Refere-se a uma ordem sacerdotal com características de reino e sacerdócio superior. Na ocasião da glorificação, a Igreja estará inserida na Ordem de Melquisedeque, pois com o sangue de Jesus “compraste para Deus os que procedem de toda tribo, língua, povo e nação e para o nosso Deus os constituíste reino e sacerdotes” (Apocalipse 5:9-10).

Logo, Jesus é o sumo sacerdote diante de muitos sacerdotes, Rei diante de muitos reis, o Santíssimo diante de miríades de santos e Senhor dos exércitos.

O Ano Aceitável do Senhor e o Ano de Jubileu

Isaías 61 é um capítulo da Bíblia que traz uma mensagem poderosa sobre libertação, restauração e o estabelecimento do Reino Vindouro do Messias. Jesus Cristo representa a figura do libertador, conforme lemos em Levítico 25, acerca do Ano de Jubileu:

Então, no mês sétimo, aos dez do mês, farás passar a trombeta vibrante; no Dia da Expiação, fareis passar a trombeta por toda a vossa terra. Santificareis o ano qüinquagésimo e proclamareis liberdade na terra a todos os seus moradores; ano de jubileu vos será, e tornareis, cada um à sua possessão, e cada um à sua família… então, virá o seu resgatador. (Levítico 25:9-10; 25).

O SENHOR me ungiu para pregar boas-novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a pôr em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do SENHOR e o dia da vingança do nosso Deus; a consolar todos os que choram e a pôr sobre os que em Sião estão de luto uma coroa em vez de cinzas, óleo de alegria, em vez de pranto, veste de louvor, em vez de espírito angustiado; a fim de que se chamem carvalhos de justiça, plantados pelo SENHOR para a sua glória. (Isaías 61:1-3).

‘Coroa, óleo de alegria e vestes de louvor’ remetem para os ofícios reais e sacerdotais de Cristo e a Igreja, segundo a Ordem de Melquisedeque, no Reino Milenar, restaurando o Tabernáculo Caído de Davi.

Todos que estão ligados em Jesus são libertos de todo o sistema babilônico. Isso se associa com o objetivo que encontramos no Ano de Jubileu. Os escravos eram libertados, as dívidas eram perdoadas e as propriedades eram devolvidas às famílias originais.

Essa figura do Libertador reflete a obra de Jesus Cristo, que libertou espiritualmente muitos cativos e trouxe liberdade aos que estavam aprisionados.

Zadoque e o ofício sacerdotal terreno

Ao continuarmos com a leitura de 1 Crônicas 16, percebemos que, além dos ofícios realizados diante da Arca da Aliança na tenda de Davi, o rei manteve os ofícios sacerdotais no tabernáculo em Gibeão, sob a liderança de Zadoque:

Então, Davi deixou ali diante da Arca da Aliança do SENHOR a Asafe e a seus irmãos, para ministrarem continuamente perante ela, segundo se ordenara para cada dia… e deixou a Zadoque, o sacerdote, e aos sacerdotes, seus irmãos, diante do tabernáculo do SENHOR, num lugar alto de Gibeão, para oferecerem continuamente ao SENHOR os holocaustos sobre o altar dos holocaustos, pela manhã e à tarde; e isto segundo tudo o que está escrito na Lei que o SENHOR ordenara a Israel. (1 Crônicas 16:37;38-39).

Isso demonstra que na tipologia do reinado de Davi existe uma restaruração terrena e, inclusive, vinculando israelitas não glorificados neste cenário, conforme lemos em diversas outras profecias:

Porque conheço as suas obras e os seus pensamentos e venho para ajuntar todas as nações e línguas; elas virão e contemplarão a minha glória. Porei entre elas um sinal e alguns dos que foram salvos enviarei às nações…

Trarão todos os vossos irmãos, dentre todas as nações, por oferta ao SENHOR, sobre cavalos, em liteiras e sobre mulas e dromedários, ao meu santo monte, a Jerusalém, diz o SENHOR, como quando os filhos de Israel trazem as suas ofertas de manjares, em vasos puros à Casa do SENHOR. Também deles tomarei a alguns para sacerdotes e para levitas, diz o SENHOR. (Isaías 66:18-21).

Inclusive, na sequência da profecia de Amós, acerca da restauração do Tabernáculo Caído de Davi, consta essa restauração terrena na terra de Israel, envolvendo um povo não glorificado plantando vinhas e edificando lares para as suas moradias:

Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que o que lavra segue logo ao que ceifa, e o que pisa as uvas, ao que lança a semente; os montes destilarão mosto, e todos os outeiros se derreterão. Mudarei a sorte do meu povo de Israel; reedificarão as cidades assoladas e nelas habitarão, plantarão vinhas e beberão o seu vinho, farão pomares e lhes comerão o fruto. Plantá-los-ei na sua terra, e, dessa terra que lhes dei, já não serão arrancados, diz o SENHOR, teu Deus. (Amós 9:13-15).

O profeta Malaquias proclama acerca da ocasião da vinda do Senhor para se assentar e julgar as nações, até mesmo, para purificar e selecionar sacerdotes e levitas para realizarem ofícios em Jerusalém:

Mas quem poderá suportar o dia da sua vinda? E quem poderá subsistir quando ele aparecer? Porque ele é como o fogo do ourives e como a potassa dos lavandeiros. Assentar-se-á como derretedor e purificador de prata; purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata; eles trarão ao SENHOR justas ofertas. Então, a oferta de Judá e de Jerusalém será agradável ao SENHOR, como nos dias antigos e como nos primeiros anos. (Malaquias 3:2-4).

A Promessa de Abraão vai se Cumprir

Em Gênesis, Capítulo 22, encontramos o relato de Abraão recebendo o chamado do Senhor para sacrificar o seu filho, Isaque. Trata-se de uma tipologia onde Abraão e Isaque representariam o Pai entregando Jesus, o filho unigênio, em sacrifício.

Após a fé de Abraão ser justificada pelo Senhor, ele recebe uma valiosa promessa:

Jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho, que deveras te abençoarei e certamente multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus e como a areia na praia do mar; a tua descendência possuirá a cidade dos seus inimigos, nela serão benditas todas as nações da terra, porquanto obedeceste à minha voz. (Gênesis 22:16-18).

O Desenrolar da Promessa

Uma promessa que envolve três grupos de pessoas, cujo cumprimento somente será possível no Reino Milenar de Cristo na terra:

Descendentes como estrelas do céu: Apontanto para os filhos da fé na condição glorificada, visto que “os que são da fé são filhos de Abraão” (Gálatas 3:7).

Remete aos ministros que exercem os ofícios sacerdotais superiores diante da Arca da Aliança, i.e, para a Ordem de Melquisedeque, em consonância com a multidão de branco e palmas nas mãos diante do trono (Apocalipse 7:9), qual seja o mar de vidro no Sião Celestial, onde os vencedores louvarão diante do Senhor (Apocalipse 15:2-3);

Descendentes como areia da praia: Envolvendo israelitas que serão livrados com misericórdia diante do cerco em Jerusalém (Zacarias 12, Zacarias 14, Joel 3, Mateus 23:39), cujo livramento acontecerá na ocasião da volta do Senhor com Igreja glorificada na terra (Apocalispe 19:11-16). Trata-se de uma descendência na condição não glorificada.

As Nações Restantes

As nações que vão restar após o Armagedom: Através da descendência de Abraão todas as nações da terra serão benditas.

O profeta Zacarias deixa claro que restarão sobreviventes dentre as nações e estes terão que ir, periodicamente, até Jerusalém, para adorar e celebrar a solenidade de Tabernáculos: “Todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém subirão de ano em ano para adorar o Rei, o SENHOR dos Exércitos, e para celebrar a Festa dos Tabernáculos” (Zacarias 14:16).

Existem muitas profecias acerca das nações no Reino Milenar, tais como: Isaías 2:2-4, Isaías 19:23-25, Isaías 61:11, Joel 3:12, Miquéias 4:1-5, Zacarias 8:20-23, Daniel 7:12, Salmos 2:8-9. Além disso, precisamos conectar com as promessas contidas no Livro de Revelações (Apocalipse 2:26-27, Apocalipse 15:4).

A meditação contínua na Palavra de Deus

A Palavra de Deus precisa ser meditada, dia e noite, a fim de obtermos luz acerca do propósito do Senhor acerca dos últimos dias. O fiel entendimento sobre a restauração do Tabernáculo Caído de Davi nos permite ter um vislumbre sobre este maravilhoso plano resgatador e a imensurável justiça sobre todos os habitantes da terra.

Se esse conteúdo foi edificante para você, incentivamos que compartilhe com os seus amigos e familiares. Vamos prosseguir no caminho do Evangelho Genuíno, conforme a doutrina dos apóstolos de Jesus Cristo.

Assista o Corte do Podcast abaixo:

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