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As ondas sonoras são medidas em hertz, no sentido de averiguar a frequência de um evento periódico, expressando a quantidade de ondulações por segundo. Em se tratando de espectro sonoro, entendemos que existe uma limitação entre 20 hertz e 20 quilohertz, de som perceptível no qual o homem consegue ouvir.

Assim sendo, as frequências fora deste intervalo audível são chamadas de ondas infrassônicas (abaixo de 20 hertz) e ultrassônicas (acima de 20 quilohertz).

As profundidades obscuras do Infrassom

De acordo com Goodman (2010), experiências relacionadas com as profundidades obscuras do infrassom de baixa frequência resultaram em situações canalizadas de pressão densa, vórtices de atração, bacias de imersão e abrasão acústicas, vibratórias e turbulentas.

Trata-se de uma cartografia completa de força sônica, de maneira tal que mobiliza uma série de efeitos que atravessam a psicofisiologia, trazendo para o campo do poder uma dimensão incontrolável, com frequências fora da audibilidade humana, porém podendo estar presentes nos diversos contextos musicais, tanto como fonte de prazer, como de irritação, manipulação, dor e tortura.

Tais frequências sonoras, dependendo de como são executadas, podem gerar comportamentos desde a dispersão de manifestantes, até o comportamento antissocial mais trivial, tendo em vista a ponte dessas vibrações sonoras com o cérebro e sistema nervoso humano. Goodman complementa que “as frequências de 7 hertz, por exemplo, coincidem com ritmos pensados para induzir sensações de medo e raiva”.

Essa prática também está presente em filmes de suspense e terror, tendo como premissa estimular os sentimentos de medo, ansiedade e “más vibrações” dos espectadores. O próprio Goodman apresenta como referência a fala do diretor Gaspar Noe referente ao filme “Irreversível”, de 2002, informando que a música era aumentada com infrassom, causando ainda mais o efeito assustador ao ambiente ultrajante, além da intensa visceralidade que o filme oferece.

O produtor complementou que adicionou o infrassom para deixar os espectadores assustados, muito mais em virtude da sensação causada pelo som, do que com o que estava acontecendo na tela.

O infrassom é inaudível, contudo, pode ser amplamente sentido, tanto no físico, quanto no sistema nervoso e mente humana, que são afetados por essa “arma” silenciosa, recebendo sensações abstratas de ansiedade, ainda que na ausência de um objeto ou causa visivelmente tangível.

Este mecanismo estimula a imaginação humana para traduzir tais reações, podendo estas serem mais assustadoras do que a realidade.

E, por meio do infrassom, mecanismo imperceptivelmente obscuro, o inimigo se dirige para contaminar a alma das pessoas com uma tática notavelmente destrutiva. O infrassom é uma arma muito diversificada e abrangente, que está presente no contexto artístico. Durante uma entrevista para a Crawdaddy Magazine (1975), o escritor William Burroughs, ao conversar sobre o infrassom com Jimmy Page, guitarrista do Led Zeppelin, fez menção da existência de algumas táticas sônicas para instigar tumultos, inclusive citando o uso do infrassom como potencial mântrico e suas vibrações de áudio de baixa frequência no controle e condução da massa durante a apresentação.

Naquela ocasião, o escritor também informou que as músicas do Led Zeppelin se assemelhavam com a música trance encontrada no Marrocos, que é “mágica” em origem e propósito – isto é, preocupada com a evocação e controle de forças espirituais. Burroughs acrescenta, ainda, que esta mágica, para ser bem-sucedida, precisa explorar as fontes de energia oculta, e isso pode ser perigoso.

Essa ideia foi compartilhada por muitos na indústria da música, no período pós-punk, com implantações de ultrassom e infrassom para manipulação do público. Naquela entrevista, o escritor relata que Jimmy Page “se expressou também ciente do poder na concentração de massa, ciente dos perigos envolvidos e da habilidade e equilíbrio necessário para evitá-los”, além disso, falaram sobre magia, Aleister Crowley e como aquele rock “poderia ser visto como uma tentativa de romper o universo sem alma morta e reafirmar o universo da magia”, descrevendo ainda:

Nós conversamos sobre música trance. Ele ouvira o registro de Brian Jones de gravações feitas em Joujouka. Discutimos a possibilidade de sintetizar música rock com algumas das formas mais antigas de música trance que foram desenvolvidas ao longo dos séculos para produzir efeitos poderosos, às vezes hipnóticos, sobre o público. Tal síntese permitiria as formas mais antigas de escapar do molde do folclore e fornecer novas técnicas aos grupos de rock (Crawdaddy Magazine, 1975).

As manipulações sonoras na obscuridade musical

Em geral, a maioria das canções trance são calmas e de efeito lento e constante, usando infrassons, com o propósito de alterar o estado emocional da pessoa, num ambiente de influência de energia na alma e no estado de pensamento.

A tradução literal do termo trance para português é transe, ou seja, um nome que reflete a sua estrutura, movido por batidas repetitivas e melodias progressivas, conduzindo o ouvinte a um estado de transe e de alienação espiritual.

Cabe destacar que Aleister Crowley inspirou diversos outros músicos, artistas visuais e escritores, tanto da cultura popular britânica, como de gêneros musicais em todo o mundo. As influências de Crowley, por intermédio de suas obras, possibilitou fundamentos ocultistas do modelo thelêmico, inspirando o desenvolvimento da Wicca (muitas vezes referida como bruxaria) e também da ascensão do paganismo moderno, da magia, do caos e do satanismo.

Uma força bélica amplamente eficaz contra uma multidão

Existem rumores de que os infrassons são utilizados pelos militares, desde o século passado, realizando experimentos a fim de manipular ou conter a massa.

Para Parsons (2012), tanto o segredo do desenvolvimento de armas acústicas letais e não letais, quanto a falta de informações referentes aos efeitos de altos níveis de infrassom geraram exposição de reivindicações dramáticas e até alarmistas, tais como “As ameaças do som silencioso”, publicado pela imprensa britânica The Daily Mirror, em outubro de 1969, “Tumores cerebrais causados pelo barulho” pelo jornal The Times, em setembro de 1973 e, “O assassino silencioso em nosso redor”, publicado pelo London Evening News, em maio de 1974.

Tais alegações resultaram no desenvolvimento de rumores populares, vinculando o infrassom como responsável por muitas doenças e infortúnios inexplicáveis à época, incluindo tumores cerebrais, morte de bebês, entre outros incidentes.

Parsons (2012) descreve, ainda, que muitos estudos foram realizados para analisar os aspectos psicológicos e efeitos fisiológicos causados pelo infrassom em indivíduos expostos a uma gama de tons puros do mecanismo. As primeiras consequências foram: dores de cabeça, cansaço, desconforto físico ou “perturbação”. Outros efeitos relatados foram: alterações no sistema cardiovascular respiratório, incluindo a frequência cardíaca, pressão e frequência respiratória, cujos sintomas variavam entre os indivíduos.

Os inúmeros efeitos causados pelas ondas de infrassom

No que tange ao sistema auditivo, as alterações mais frequentes foram vertigem e desequilíbrio, sensações intoleráveis, incapacitação, desorientação, náusea e vômito. Dependendo da exposição ao infrassom, outros tipos de sintomas podem ser desencadeados, ou seja, sujeitos expostos a ondas entre 5Hz e 10Hz apresentaram sentimentos de fadiga, apatia e depressão, pressão nos ouvidos, perda de concentração, sonolência e vibrações dos órgãos internos.

Na exposição entre 14Hz e 16Hz observaram-se diminuição de atenção, alteração na percepção do tempo, sensações de apreensão, efeitos visuais, náusea, tontura, depressão, fadiga e dores de cabeça.

Todos esses estudos apontados por Parsons foram realizados por diversos pesquisadores, dentre eles: Chen e Hanmin, 2004; Moller, 1984; Karpova, 1970; Hansen, 2007; Lindstrom, 1978; Graveau, 1968 e Stephens, 1969.

Parsons informou, ainda, que muitas pessoas relataram efeitos fisiológicos e psicológicos adversos, após exposição ao infrassom, motivando uma série de artigos publicados pela The Sunday Mirror, com o objetivo de alertar sobre os possíveis perigos de ruídos com baixa frequência.

Em resposta aos artigos, a imprensa britânica recebeu mais de 700 cartas de leitores que descreveram, além dos efeitos adversos supramencionados, alucinações visuais, sono perturbado, pesadelos e pensamentos suicidas. Essas exposições provocaram diversas teorias e suposições sobre o envolvimento dos infrassons com atividades paranormais.

Experimentos obscuros em prol da iniquidade

Sabe-se que as ondas sonoras abaixo de 20Hz podem se concentrar, facilmente, em ambientes com pouca circulação de pessoas ou lugares abandonados, contudo, devido à longa propagação, a origem dessas ondas pode estar distante, sendo geradas por objetos eletrônicos ou mecânicos, ou mesmo provocadas por eventos naturais como ventos e tremores.

Além disso, pesquisadores desenvolveram o ARIA – Acoustic Research Infrasound Array ou, traduzido em português, Infraestrutura de Pesquisa Acústica Matriz. Trata-se de um gerador de infrassons utilizado para realização de experimentos controlados.

Tal experimentação foi utilizada no Projeto ‘Haunt’, em 2009, no qual os participantes, após serem expostos ao infrassom, descreveram sensações anômalas, tais como: tontura e sentimentos estranhos (79,7%), sensação de algo girar ao seu redor (49,4%), sensação de formigamento (32,9%) e vibrações em seus corpos (31,6%), sensação de presença de alguém próximo (22,8%), sentimento de medo e terror (8,9%) e excitação sexual (5,1%).

Outra sensação relatada foi a de ouvir algo como um ‘som de tique-taque'(25,3%). Isso pode ter sido resultado de alterações na pressão do ar, causada pela ressonância. No mais, algumas pessoas tiveram, ainda, as seguintes sensações: sentimento de que estavam em outro lugar (32,9%), sensação de distanciamento de seus corpos (22,8%), tristeza (11,4%) e cheiros estranhos (10,1%).

O uso de infrassom para o entorpecimento de muitos

Coleman (2019), em uma publicação para a revista Forbes, mencionou a existência de diversos festivais na área musical espalhados pelo mundo, como o A-Fest, Global Dance Festival, Electric Daisy Carnival, Corona Electric Beach, dentre outros, nos quais se utilizam a inclusão de experiências sonoras e psicodélicas, entre elas o infrassom, tendo como objetivo elevar a multidão e conduzi-las a um estado que eles chamam de êxtase musical.

Tais ambientes alteram os pensamentos e as emoções das pessoas, oferecendo elementos multissensoriais através de meios visuais, auditivos e cinestésicos. Woodhead (2019), ao publicar para o The Age, expõe que no Festival Internacional de Artes de Melbourne, os espectadores, ao serem expostos ao trabalho audiovisual de Chamber Made, com utilização de ondas de infrassom, tiveram sensações como de um estado hipnotizante.

Considerando que o uso do infrassom se apresenta de maneira inaudível, todos nós, cristãos, temos que andar vigilantes e atentos para quaisquer sutilezas e investidas do inimigo, pois este vem atacando de diversas formas, a fim de desestabilizar a nossa mente e, consequentemente, desestruturar nossos alicerces em Cristo.

Dentre as atuações malignas envolvendo o uso da música, encontramos frequências sonoras que prometem auxílio na busca da paz interior, ganhos terapêuticos, relaxamento e melhoria no funcionamento do cérebro com relação ao foco e concentração, tais como as batidas binaurais.

Segundo Ruales (2017), as batidas binaurais apresentam a combinação de duas frequências que estão relacionadas aos estados de atividade cognitiva. Supondo que estamos com um fone de ouvido, do lado esquerdo escuta-se um som de 315Hz e, no lado direito, um som de 325Hz. Ao ouvir esses dois sons, o nosso cérebro criará um terceiro som, de 10Hz, resultado da diferença entre as duas grandezas.

O foco todo vai para essa nova frequência, que passa a ser escutada, “prometendo” diversos benefícios terapêuticos, físicos e emocionais, agindo no subconsciente da pessoa. Esta prática é muito encontrada na meditação transcendental, comumente observada em algumas religiões/filosofias não cristãs, onde vemos a divulgação destas ferramentas com promessas de controlar a ansiedade e estresse, reprogramação do subconsciente, melhorias na criatividade, no sono, meditação, memorização e concentração nos estudos.

A importância de lidar com as sutilezas da iniquidade

O livro de Gálatas, no capítulo cinco, versos vinte e dois e vinte e três, nos instrui a buscar incansavelmente as virtudes que compõem o fruto do Espírito (paz, amor, alegria, fé, bondade, benignidade, longanimidade, temperança e domínio próprio).

Contudo, o que se nota com os experimentos por meio do infrassom, contido nas músicas, são sentimentos contrários à Palavra, tais como: medo, terror, depressão, sentimentos suicidas, êxtases, tristezas e outros, ou seja, uma arma silenciosa e eficaz do inimigo utilizada para a destruição.

Outra questão muito importante, e que merece atenção, se refere a uma meditação bíblica ativa. Precisamos, diariamente, manter a Palavra viva dentro de nós, conforme se lê no Salmo 119, verso onze: “escondi a tua palavra no meu coração, para não pecar contra ti”.

Observamos, no contexto deste salmo, a atitude de um salmista dinâmico, buscando sempre o aprendizado e “encucando” os ensinamentos da Palavra de Deus em seu coração e sua mente, a fim de que ele não se apartasse dela. Por outro lado, a meditação satânica é passiva, isto é, o inimigo quer, primeiramente, esvaziar as mentes e tirar delas todos os pensamentos, abrindo portas aos demônios para que, na sequência, insiram-se os pensamentos do inimigo.

Então, retomando a referência de Gálatas, capítulo cinco, verso vinte e dois, ao que Deus nos ordena ter domínio próprio a fim de controlar os pensamentos e os sentimentos, se não controlarmos a nossa mente, Satanás o fará.

Notamos que, para Deus, importa dominar pensamentos e sentimentos, e não esvaziarmos nossa mente, para que todos os pensamentos sejam levados cativos, tornando-os obedientes a Cristo, conforme se lê:

Porque, embora andando na carne, não militamos segundo a carne. Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas; anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo (2 Coríntios 10.3-5).

O profeta Isaías, no capítulo vinte e seis, verso três, descreve que o Senhor “conservarás em paz aquele cuja mente está firme em ti”. Ao depararmo-nos com esta citação, percebemos que a paz que o mundo tanto procura não está em outra fonte, senão em Deus.

Se nós enxergarmos o sistema babilônico de uma forma mais holística, podemos notar a quantidade de ferramentas capciosas, configuradas para a manipulação da massa, criando situações e rotinas que conduzem as pessoas em um ritmo frenético de atividades e obrigações.

Tal fato leva as pessoas ao total esgotamento físico, mental e, principalmente, espiritual. Posteriormente, após gerar este caos, o mesmo sistema surge oferecendo “soluções miraculosas”, para eliminar tais problemas do cotidiano, ou seja, um ciclo infinito de ações que geram a total alienação espiritual.

As informações deste artigo foram extraídas do Livro “Prélio dos Cânticos – aos santos: santifiquem-se mais!“. Se você já adquiriu e foi edificado por este livro, incentivamos que compartilhe com outros ministros do altar. Se esse conteúdo foi edificante para você, incentivamos que compartilhe com os seus amigos e familiares.

Vamos prosseguir no caminho do Evangelho Genuíno, conforme a doutrina dos apóstolos de Jesus Cristo.

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