Estamos diante de um cenário amplamente tumultuado, repleto de diversas interpretações sobre os acontecimentos dos últimos dias.
Diante deste panorama, é fundamental manter um entendimento sólido sobre o propósito de Deus para a humanidade, bem como para os judeus.
O Pleno Entendimento Acerca das Profecias
A promessa de Deus para Abraão, em Gênesis vinte e dois, estabelece uma distinção notável: uma descendência como as estrelas do céu e outra como a areia da praia.
Essa diferença reflete uma descendência de natureza glorificada e outra descendência de natureza não glorificada.
Podemos certificar essa promessa no livro do Profeta Jeremias:
Assim diz o SENHOR: Se puderdes invalidar a minha aliança com o dia e a minha aliança com a noite, de tal modo que não haja nem dia nem noite a seu tempo, poder-se-á também invalidar a minha aliança com Davi, meu servo, para que não tenha filho que reine no seu trono; como também com os levitas sacerdotes, meus ministros.Como não se pode contar o exército dos céus, nem medir-se a areia do mar, assim tornarei incontável a descendência de Davi, meu servo, e os levitas que ministram diante de mim. (Jeremias 33:20-22).
Esta passagem mostra, claramente, um trabalhar do Senhor sobre essas duas descendências. A descendência glorificada remete para a linhagem de Davi, enquanto a descendência não glorificada se refere à linhagem de Jacó.
Desvencilhando das Interpretações Equivocadas
É importante compreender que o Senhor jamais revogaria essas duas alianças, assim como não o faria com Seu pacto com o dia e a noite.
No entanto, muitos não conseguem discernir a completude deste propósito de Deus no que tange à referida distinção, levando à negligência das promessas divinas destinadas à descendência não glorificada.
Os versos seguintes de Jeremias trinta e três demonstram que a presciência do Senhor é, de fato, imensurável, exortando-nos a não nos deter nas visões distorcidas que encontramos hoje.
Não atentas para o que diz este povo: As duas famílias que o SENHOR elegeu, agora as rejeitou? Assim desprezam a meu povo, que a seus olhos já não é povo. Assim diz o SENHOR:Se a minha aliança com o dia e com a noite não permanecer, e eu não mantiver as leis fixas dos céus e da terra, também rejeitarei a descendência de Jacó e de Davi, meu servo, de modo que não tome da sua descendência quem domine sobre a descendência de Abraão, Isaque e Jacó; porque lhes restaurarei a sorte e deles me apiedarei. (Jeremias 33:24-26).
Compreendendo as Diferenças Entre os Judeus
É crucial considerar as diferenças entre os judeus na contemporaneidade. A Bíblia traz algumas dessas diferenças de forma explícita, enquanto outras necessitam de discernimento.
Destacamos como principais:
- judeus benjamitas: tendo em vista que Benjamin é a última tribo mencionada na relação dos 144 mil, entende-se que se trata da representação dos judeus eleitos segundo a graça após a plenitude dos gentios. São judeus que vão se posicionar como testemunhas, verdadeiros atalaias, atentos para a proclamação do evangelho do Reino, ao lado dos efraimitas (testemunhas dentre os gentios). E então, judeus e gentios, representam as duas oliveiras, a união das duas casas de Israel, unidos em Cristo, movidos com poder e autoridade no ministério das duas testemunhas nesta última semana;
- judeus messiânicos: judeus que reconhecem Jesus como Messias, todavia, estão envolto de doutrinas humanas que os mantém em estado de “virgem prudente”, ou seja, estão ligados no Messias, porém, vulneráveis à sonolência do sistema, impedindo-os de enxergar o cenário vindouro e por não compreenderem, plenamente, o propósito da última semana;
- judeus ortodoxos: Mesmo não reconhecendo Jesus como Messias, eles são fiéis à Torah, aos salmos e aos profetas, praticando os preceitos dos respectivos escritos sagrados para o bem da humanidade;
- judeus cabalistas: Estes judeus ultrapassaram os limites da Tanah, trilhando caminhos ocultos da Cabalá e se afastando dos princípios regidos pelo Senhor;
- os que se dizem judeus e não são: trata-se de um grupo específico que, provavelmente, estarão agindo para satisfazer aos intentos do anticristo. O próprio Senhor declara que eles estão vinculados à “sinagoga de Satanás”, mencionados nas cartas de Esmirna e Filadélfia (os dois candeeiros que se encontram fiéis diante do Senhor), ou seja, estes falsos judeus são inimigos diretos das duas testemunhas.
Uma Gloriosa Obra de Redenção na Última Semana
Existe, portanto, um propósito de Deus sobre esses judeus, essencialmente, durante a última semana.
Levando em consideração todas as diferenças entre os judeus, podemos presumir que uma parte deles vão despertar e seguir as duas testemunhas na primeira metade da última semana.
Ao lermos os últimos versos de Zacarias doze, percebemos que durante o cerco de Jerusalém, cujo desfecho ocorre após o encerramento da última semana, outros israelitas vão receber espírito de graça e súplica. E eles olharão e chorarão, amargamente, por quem chora por um filho primogênito.
Isso demonstra que, na ocasião da volta do Senhor na terra, juntamente com a Igreja (os descendentes glorificados), haverá livramento para uma descendência não glorificada.
O conflito Israel-Palestina de 2023 nos faz meditar, ainda mais, nos escritos sagrados, a fim de entender o propósitos de Deus nos Últimos Dias.
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Vozes de Trombeta: Se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? (1 Co 14:8)
Glórias a Deus, edificante a publicação!