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Dragão Furioso em volto de chamas ardentes
As investidas do orgulho de Leviatã têm sido um dos mais difíceis desafios da Igreja atualmente, visto que o mundo vem implantando seu sistema de governo em favor do egocentrismo, manipulando as pessoas para a busca do amor-próprio, na formação do pedantismo, da soberba e do orgulho.
 
Esse mecanismo diabólico tem assolado grande parte dos líderes eclesiásticos, principalmente os músicos e ministros de louvor. Trata-se da essência “luciferiana”, que foi originada quando os sentimentos de orgulho e soberba de Lúcifer foram expostos, ao desejar ser igual ao Altíssimo.
 

O perfil de Leviatã infiltrado nas Igrejas

Importante entendermos, através das escrituras bíblicas, acerca das características de Leviatã, visto que existem informações que norteiam ensinamentos sobre os mecanismos de influências malignas contra os servos do Senhor.
 
Lúcifer, sendo um perfeito tangedor de Deus, reconhece que este mal originado em seu coração foi o princípio de sua aniquilação e, por este motivo, ele busca infiltrar este mal, furiosamente, contra os tangedores de Deus aqui na Terra.
 
O sistema babilônico vem implantando conceitos e ideologias nas culturas durante muito tempo, no sentido de incentivar a projeção humana, dentro e fora das igrejas. 
 
Atualmente, podemos perceber a existência de armadilhas do ambiente externo, incentivando a publicação equivocada de louvores nas mídias sociais, com o objetivo de promover mais o músico do que Cristo.
 
Além disso, percebe-se que alguns templos foram projetados com layouts arquitetônicos semelhantes aos conceitos culturais greco-romanos, onde os altares foram se ajustando com a aparência de plataformas de apresentação.
 
Vale frisar que, o altar do templo predito em 2 Crônicas 4:1, tinha o propósito de oferecer sacrifícios aprazíveis ao Senhor, isto é, havia um princípio constituído por Deus e que permeia ainda nos dias de hoje, no qual devemos nos apresentar, inteiramente, como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus (Romanos 12:1), oferecendo louvores e o fruto dos nossos lábios que confessam o nome Jesus, nosso Senhor (Hebreus 13:15).
 
Portanto, para evitar a infiltração do orgulho de Leviatãesse princípio deve ser mantido com foco, unicamente, nos sacrifícios ofertados ao Senhor, sem que haja alegorias ou adaptações humanas que ofusquem a vontade original ordenada por Deus.
 

Um modelo de adoração para resistir ao Leviatã

No que tange ao ofício dos levitas diante do altar, pode-se concluir que todos os cantores e os instrumentistas estavam posicionados em pé, para o oriente do altar (2 Crônicas 5:12), ou seja, mantendo a distância adequada para não desvirtuar o foco da atenção do povo, no momento em que ofereceriam seus sacrifícios.
 
Deus se agradou tanto deste zelo que passou a fazer do templo a sua morada, enchendo o ambiente de glória.
 
E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário (porque todos os sacerdotes, que ali se acharam, se santificaram, sem respeitarem as suas turmas, e os levitas, que eram cantores, todos eles, de Asafe, de Hemã, de Jedutum, de seus filhos e de seus irmãos, vestidos de linho fino, com címbalos, com saltérios e com harpas, estavam em pé para o oriente do altar; e com eles até cento e vinte sacerdotes, que tocavam as trombetas).
E aconteceu que, quando eles uniformemente tocavam as trombetas, e cantavam, para fazerem ouvir uma só voz, bendizendo e louvando ao Senhor; e levantando eles a voz com trombetas, címbalos, e outros instrumentos musicais, e louvando ao Senhor, dizendo: Porque ele é bom, porque a sua benignidade dura para sempre, então a casa se encheu de uma nuvem, a saber, a casa do Senhor; E os sacerdotes não podiam permanecer em pé, para ministrar, por causa da nuvem; porque a glória do Senhor encheu a casa de Deus. (2 Crônicas 5:11-14, grifo nosso).
 
Infelizmente, a instrução divina acerca do princípio do altar foi sofrendo transformações humanas por influências do sistema babilônico, principalmente acerca do orgulho de Leviatã.
 
De um lado, o povo deixando de dar importância ao seu sacrifício aprazível e dando mais atenção aos músicos e aos ministros de Deus. Do outro lado, músicos e ministros permitindo este desfoque e sendo entorpecidos pela serpente, atraindo para si a notoriedade além do que fora designado.
 
Essas ardilosas influências propiciam iscas para aguilhoar servos e ministros de louvor que não estão totalmente firmados em Deus e que, aos poucos, são levados, sutilmente, ao caminho do orgulho e da soberba. Como evidenciar que esse sistema está influenciando os corações dos músicos e dos ministros de Deus?
 

Alguns sintomas que indicam a presença de Leviatã 

Podemos elencar alguns sintomas ou desequilíbrios que possibilitam na identificação de tais influências, como:
 
● Quando a performance tiver mais importância do que a adoração.
 
Um músico disciplinado tende a buscar a perfeição em suas criações, dedicando tempo aos ensaios, aperfeiçoando o talento recebido pelo Senhor através de cursos, técnicas, entre outros. Isso é louvável!
 
Contudo, deve-se ter o cuidado para que essa criação não se torne um símbolo de idolatria, cujo enfoque passa a ser a apresentação, carregada de vaidade, distanciando do princípio de oferecer um coração quebrantado em agradar ao Senhor. Pois, agindo dessa maneira, o músico perde o perfil adorador de Deus e se torna apenas um artista musical.
 
● Quando as ministrações forem pautadas em tendências do mercado gospel.
 
Infelizmente, muitos músicos e ministros de louvor passaram a ministrar ou produzir composições musicais embasados em atender às necessidades do público, satisfazer seus gostos musicais ou seguir tendências de sucesso atual, sem a preocupação se o conteúdo está agradável ao Senhor.
 
Esse comportamento ocorre em virtude de um mecanismo implantado pelo sistema babilônico, que é a “febre” de seguir e ser seguido em redes sociais, incentivando uns aos outros a importância de almejar a popularidade de maneira desenfreada e o compartilhamento de ideias que, muitas vezes, não são construtivas.
 
Isto desvirtuou o comportamento de muitos tangedores, contrariando as características dos salmistas do Antigo Testamento, que expunham em seus cânticos seus reais e sinceros sentimentos diante de Deus, com ênfase na sua fidelidade para com as Escrituras e na certeza de um Deus fiel, que poderia ouvir suas palavras e receber seu louvor como perfume suave.
 
Logo, nota-se que os salmistas não se preocupavam em obter a aprovação das pessoas ou galgar popularidade, e sim o desejo único de ofertar algo aprazível a Deus.
 
● Quando preferir os louvores em público a gastar tempo de louvor e adoração no particular com Deus.
 
Antes de Davi assumir o trono já destinado a ele, apascentava as ovelhas de seu pai, louvando ao Senhor. Em Salmos 89:20 observamos Deus achando a Davi neste particular, o que futuramente também foi evidenciado em Atos 13:22.
 
Quando lemos 1 Samuel 16:18-19, percebemos Davi exercendo a habilidade que Deus lhe conferiu, durante as suas atividades particulares. A referida passagem bíblica demonstra que Davi tinha uma vida estruturada em Deus e, o louvor proferido ao Pai era admirável, antes mesmo de ser conhecido pelo rei Saul.
 
A adoração no secreto com Deus deve trazer satisfação plena, sendo a adoração pública uma continuação da vida privada. Deus precisa, primeiramente, nos “achar” neste particular antes de nos enviar para servirmos a outras pessoas.
 
Portanto, a falta de preparação íntima em Deus torna os ministros vulneráveis, fazendo com que haja uma grande inversão nos valores e, consequentemente, o músico dará lugar ao orgulho de Leviatã, substituindo a aprovação de Deus por aplausos na aparição pública.
 
● Quando resistir às correções e orientações divinas advindas da liderança.
 
Uma das características de um soberbo é confrontar ideias ou deliberações contrárias com as suas convicções, conforme testificou Salomão, que “vindo a soberba, virá também a afronta; mas com os humildes está a sabedoria” (Provérbios 11:2).
 
Esse comportamento ocorre, pois a soberba e o orgulho envolvem a pessoa numa sensação de superioridade e uma falsa sabedoria, no qual a Bíblia chama de “sábio a seus próprios olhos”, que geram na pessoa a falta de temor ao Senhor, se aproximando da maldade (Provérbios 3:7).
 
Percebe-se que, na área da música, a humildade é escassa, todavia, trata-se de uma virtude importante, conforme destacou Pedro:
 
Semelhantemente vós jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes… Sede sóbrios; vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão, buscando a quem possa tragar; (1 Pedro 5:5,8, grifo nosso).
 
O fato de estarmos sujeitos uns aos outros e sermos revestidos de humildade nos permite lançar fora a soberba e o orgulho, alcançando a graça do nosso Senhor Jesus em nossos corações.
 
Isso evita que o inimigo encontre brechas para tragar e vitimar pessoas ao caminho da rebeldia. O profeta Isaías proclamou:
 
Ai dos filhos rebeldes, diz o SENHOR, que tomam conselho, mas não de mim; e que se cobrem, com uma cobertura, mas não do meu espírito, para acrescentarem pecado sobre pecado; Que descem ao Egito, sem pedirem o meu conselho; para se fortificarem com a força de Faraó, e para confiarem na sombra do Egito. Porque a força de Faraó se vos tornará em vergonha, e a confiança na sombra do Egito em confusão. (Isaías 30:1-3, grifo nosso).

Não seja sábio aos seus próprios olhos

Um “sábio aos seus próprios olhos” está cheio de convicções e entendimentos adversos com as diretivas do Reino, ou seja, pautado em conceitos egípcios (seculares) e influenciado por um sistema babilônico que fere princípios de Deus.
 
Isso ocorre em diversas áreas, principalmente na área musical. Um músico, ou ministro de louvor, deve reconhecer que este ministério requer separação e uma consagração das coisas que não pertencem ao Reino de Deus.
 
O orgulho no coração causa a falta de temor ao Senhor e essa imperfeição fará com que o músico não tenha restrições perante os seus estudos, utilizando-se de diversas referências musicais (seculares ou não) para aprimorar suas habilidades, sem se preocupar se essas fontes são agradáveis ao Senhor.
 
Essa separação e consagração foi amplamente abordada por Paulo, na carta aos Efésios, conforme se lê abaixo:
 
E digo isto, e testifico no Senhor, para que não andeis mais como andam também os outros gentios, na vaidade da sua mente. Entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus pela ignorância que há neles, pela dureza do seu coração; Os quais, havendo perdido todo o sentimento, se entregaram à dissolução, para com avidez cometerem toda a impureza.
Mas vós não aprendestes assim a Cristo, Se é que o tendes ouvido, e nele fostes ensinados, como está a verdade em Jesus; Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; E vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade. (Efésios 4:17-24, grifo nosso).
 
Toda a fonte de conhecimento deve ser tratada com temor a Deus, para não sermos levados pelas concupiscências do engano. Salomão testifica disso ao afirmar que “o temor do Senhor é o princípio do conhecimento; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução” (Provérbios 1:7). Portanto, é imprescindível que as fontes sejam examinadas com diligência.
 
O orgulho de Leviatã é retratado na cultura judaica como um réptil que habita nas profundezas do abismo.
 
De fato, compreende-se que as características deste principado têm coerência, pois, como réptil, ele exerce suas investidas de forma silenciosa, habitando sorrateiramente no íntimo de cada ser humano.
 
Para combater esse mal é necessário reconhecer que ele habita dentro de si. O Apóstolo Luiz Hermínio (2019) descreve que “precisamos conhecer o que temos que arrancar, destruir e arruinar, para depois entender o que temos de plantar e edificar”, ou seja, primeiro derrubamos a soberba e o orgulho, para depois edificarmos santidade e humildade.
 

Vencendo o orgulho sendo semelhante a Jesus

Sim, é necessário descer ao abismo onde Leviatã habita, nas profundezas do nosso coração. O “descer” significa se humilhar e, o caminho da humilhação é o único tratamento para derrotar o orgulho e a soberba.
 
Jesus morreu, desceu ao inferno e resgatou a chave que estava em posse da morte, para depois ressuscitar. Da mesma maneira, é necessário morrer o nosso velho homem, ir ao abismo, resgatar a chave da libertação e trilhar o caminho de uma nova história.
 
Existe a sensação de alegria e satisfação natural quando cumprimos uma missão em Cristo Jesus, isso não é orgulho. “Porque a nossa glória é esta: o testemunho de nossa consciência diante de Deus” (2 Coríntios 1:12).
 
John Wesley, em uma de suas cartas para Philothea Briggs em 1771, afirma:
 
Igualmente natural e inocente é a alegria que sentimos por sermos aprovados por aqueles a quem amamos. Mas, em todos estes casos há necessidade do máximo cuidado para que não passemos gradativamente da alegria inocente ou da auto aprovação para aquilo que não é inofensivo, para o orgulho (pensando de nós mesmos, além do que convém) ou vaidade, um desejo de elogios; pois “uma fina separação divide suas fronteiras…”. Seja tudo com sinceridade. (Potts, 1991).
 
Temos dentro de nós uma natureza limitada e frágil, passível de sofrer danos na alma. Ao reconhecermos essa fragilidade e depositarmos isso aos pés da cruz, somos alcançados pela misericórdia do Senhor, que nos auxiliará na caminhada e nos instruirá para vencermos o orgulho e a soberba que, diariamente, tenta nos tragar.
 
O avivamento no País de Gales deixou lições muito valiosas aos músicos e ministros de louvor para estes últimos dias, conforme demonstrado por Joyner:
 
Havia solistas, duetos e cantores especiais durante o avivamento, mas eles raramente anunciavam onde se apresentariam. Às vezes, eles chegavam a certos lugares esperando cantar, mas o Espírito tinha outros planos, e eles ficavam quietos ou somente oravam. Aqueles que testemunhavam tais ministérios afirmavam que, quando eles cantavam, era o Espírito Santo que atuava. Esse foi o avivamento no qual o próprio Senhor Jesus Cristo era o centro das atenções e a atração principal. (Joyner. 2018, grifo nosso).
 
Nota-se que esses ministros de louvor não tinham qualquer preocupação em publicidade, estavam desprovidos de orgulho e tinham um coração puro, aptos para entender qual era a plena vontade do Senhor.
 
Da mesma maneira, atualmente, os ministros do altar precisam entrar neste ambiente de intimidade e humildade, tendo a certeza de que Deus irá projetá-los para uma obra perfeita e maravilhosa, no tempo oportuno.
 
Segundo Murray (1994), evidenciando a vida dos verdadeiros cristãos, “àqueles que buscam e professam a santidade, a humildade tem de ser a marca principal de sua retidão”, pois o orgulho revela uma característica antítese, destinada à profanação e uma das marcas da apostasia.
 
Murray acrescenta, ainda, que “essa humildade não é algo que virá por si mesma, mas deve ser feita o objeto de especial desejo, e oração, e fé e prática”. Portanto, se faz extremamente necessário adotar esta conduta de busca pela humildade, pois somente assim, toda a barreira levantada pelo Leviatã cairá.
 
As informações deste artigo foram extraídas do Livro “Prélio dos Cânticos – aos santos: santifiquem-se mais!“. Se você já adquiriu e foi edificado por este livro, incentivamos que compartilhe com outros ministros do altar.
 
Se esse conteúdo foi edificante para você, incentivamos que compartilhe com os seus amigos e familiares.
 
Vamos prosseguir no caminho do Evangelho Genuíno, conforme a doutrina dos apóstolos de Jesus Cristo.
 
Se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? (1 Co 14:8).

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